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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

VÃ FILOSOFIA


 VÃ FILOSOFIA

 
“A verdadeira importância de um homem pode ser claramente mensurada através da quantidade de camisetas de malha que ele exibir em seu guarda-roupa”. Eu.

 
Embora pareça absurda à primeira vista, trata-se de uma tese de vasta profundidade filosófica. Assim sendo, vou tentar demonstrá-la a seguir.
 

É inegável que ninguém compra camisetas para uso próprio. Camisetas nos são dadas de presentes nos aniversários ou em datas festivas, como Natal e Dia dos Pais. Afinal , trata-se de um presente muito barato, talvez o de menor preço dentre os que possuem alguma representatividade. É fácil comprar, em lojas populares, camisetas de todos os tipos, das básicas às mais extravagantes, a partir de uns dez reais.

 
Sendo um objeto de valor ínfimo, se alguém resolve presentear com uma camiseta é sinal de que não dispõe de recursos ou - o que é mais provável - de que entende que o homenageado não lhe é significativo, não lhe tem maior relevância. Nestes casos, o gesto destina-se apenas a cumprir uma mera obrigação familiar, social ou profissional.

 
Desenvolvi essa teoria descartiana enquanto tentava organizar as trezentas e noventa e sete camisetas que já não cabem em meu armário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Manda estas camisetas que vc não usa nem pra dormir que eu vou dar pra turminha da favela do meu bairro.Cridão

Elaine disse...

preciso repensar minha forma de presentear as pessoas...sempre gostei de dar camisetas, principalmente em viagens, dos locais que visitava...sniff...será que as pessoas a quem dei as camisetas pensaram "que raios de lembrancinha...me deu uma reles camiseta...não significo muuito pra ela então..."...buááááá'
elaine