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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

DIRIGENTES "MODERNOS"

DIRIGENTES "MODERNOS"

Do alto da minha latifundiária ignorância, consigo contemplar as maravilhosas proezas da trinca que compõe a ala dos "modernos" dirigentes do futebol brasileiro.

São eles: Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro - o Laor -, Juvenal Juvêncio e Arnaldo Tirone, respectivamente, presidentes do Santos, São Paulo e Palmeiras, três entre as quatro maiores agremiações futebolísticas de São Paulo.

O primeiro, Luís Álvaro, empresário bem-sucedido, entrou para o rol da fama esportiva ao recusar-se a vender o passe do jogador Neymar, por uma bela de uma fortuna; o segundo, que vem acumulando lambanças nos últimos anos, imortalizou-se pelas manobras jurídicas que lhe possibilitaram a continuidade no cargo; do terceiro, imaginava-se que daria um choque de modernidade à arcaica administração palestrina.

Une-os a fama de dirigentes diferenciados e evoluídos. Permita-me, pois, caro leitor, pitacar sobre esse tema.

O que o Sr. Laor fez de tão excepcional ao recusar uma oferta milionária por um jogador de ótimo nível, é verdade, mas que jamais chegará a ser um Garrincha, um Zico ou um Messi?

E o Juvenal, então, que comprou jogadores às dúzias, como se visitasse uma feira-livre de boleiros questionáveis, jogou fora milhões de reais, mas foi agraciado com um lampejo de sorte (imerecido), ao receber uma oferta incrível pela venda dos direitos do jogador Lucas. Pois não é que ele pretende investir boa parte dos milhões que o destino jogou na sua porta adquirindo o passe de um jogador comum, que passa mais tempo no departamento médico do que jogando: o Ganso? Não satisfeito, ele também andou sondando o Kaká, atacante caríssimo, com lesões crônicas, que está sendo solenemente desprezado pela atual equipe e que nada fez pelo São Paulo enquanto defendeu as suas cores.

Por fim, todos sabem o valor astrônomico do salário do treinador Felipão. Sabem, também que a relação custo-benefício, ao longo dos últimos anos, não vem sendo nada alvissareira para todos os palmeirenses, menos, ao que parece, para o Sr. Tirone, que está tentando antecipar a renovação do contrato do técnico, e, ainda por cima, oferecendo-lhe um reajuste sobre o já polpudo soldo.

Só uma pergunta paira no ar: se os clubes efetivamente fizessem parte do patrimônio pessoal desses senhores, se o capital despendido nesses negócios equivocados saísse do bolso de cada um, será que eles agiriam da mesma forma?

Como diria o filósofo chinês Nen Fu...


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