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domingo, 2 de setembro de 2012

ESTRATÉGIA MAQUIAVÉLICA?

ESTRATÉGIA MAQUIAVÉLICA?

Digam o que disserem do ex-presidente Lula, ninguém haverá de negar que ele é um gênio na arte de fazer política. Ok, um gênio do mal, talvez, mas um gênio, de qualquer forma.

Exatamente por isso, andei matutando bastante, nos últimos dias, e me perguntando: por que será que o Lula não esboçou nenhuma reação quando o prefeito Kassab anunciou o seu apoio ao candidato José Serra? E o que terá feito Kassab deixar Haddad de lado, depois de costurar alianças com o PT em praticamente todo o país? Em minha opinião, acreditar que esse apoio foi gerado apenas por um profundo sentimento de gratidão seria pueril demais.

Pois bem: o que todos devemos tentar calcular é o tamanho da (des)importância do apoio de Gilberto Kassab, no momento em que o seu índice de popularidade atinge níveis rasteiros. E isso ocorre porque o eleitor paulistano está habitando uma cidade fantasma. Durante toda a gestão Kassab, a tal "cidade limpa" tornou-se uma metrópole imunda, porca, nojenta. E, nos últimos meses, o desmazelo e o abandono se acentuaram. "Nunca antes na história de São Paulo" se viu tanto lixo nas ruas.

Lembrando o ditado "dize-me com quem andas...", essa sujeira toda, esse desleixo, subliminarmente, acaba sendo atribuído ao Serra. Como provam os resultados das últimas pesquisas.

Portanto, juntando lé com cré, é crível supor que o apoio do Kassab ao Serra não só foi franciscanamente tolerado pelo ex-presidente Lula, como, também, foi mais uma das suas brilhantes estratégias. Quanto a José Serra e ao PSDB, candidato e partido, como de hábito, só vão se dar conta disso quando sairem do páreo. Já no primeiro turno.



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